

Ivan Jubert Guimarães
16/02/2011
Jesus chamou: “Vinde a mim as criancinhas!” E ela
atendeu ao chamamento do Mestre e O seguiu.
Foi uma santa guerreira, como Joana D’Arc. Outra menina que foi cedo
ao encontro do Pai.
Tive a felicidade de conhecê-la pessoalmente, de passear com ela, de
ouvir seu riso e de ver seus olhinhos examinando tudo ao redor.
Acompanhei a saga da família e da menina. Foi uma luta e tanto que a
santinha guerreira ia vencendo com valentia. Foram meses à espera de
um doador de medula óssea que não apareceu e seu transplante ocorreu
graças a um cordão umbilical vindo de outro país.
Confesso que nunca vi uma corrente de orações tão forte destinadas a
uma única santinha. Pessoas das mais variadas religiões oravam pela
pequena nas igrejas, nos centros espíritas e até mesmo em suas
casas.
Conheci a família, as avós, o pai, o irmão e a mãe. Esta outra
guerreira. Descobri, então, que coragem é hereditária.
Mariana lutou bravamente contra uma leucemia e a venceu no último
round. O corpo debilitado, entretanto, ficou vulnerável a infecções,
mas a santinha guerreira continuou lutando bravamente. Após cada
vitória, um tropeço causado pela fadiga. Seu corpo foi tomado por
bactérias que nem mesmo os mais potentes antibióticos conseguiam
combater. Ela lutou com denodo, com coragem e com uma força
descomunal até ouvir o chamado de Jesus. E ela se foi!
Quando uma criancinha parte, sabemos que os anjos a conduzem mais
rapidamente ao reino dos céus. Crianças não passam pelos umbrais e
não ficam presas à matéria deste plano tridimensional. Levitam ao
encontro de Deus.
Esta menina me ensinou muitas coisas, como perseverança, coragem,
alegria. Apesar do triste final desta história foram momentos
felizes para mim que pude conhecer pessoalmente pessoas
maravilhosas. Mariana conseguiu unir pessoas que ela nunca viu,
pessoas que nunca a viram. Claro que derramei lágrimas, que me
isolei, mas eu entendia que a vontade do Pai fora satisfeita.
Agora, menina querida, que seu corpinho está livre dos bichinhos que
tanto a maltrataram, agora que seu corpinho está livre das picadas
das injeções, das punções nas veias, você pode sorrir outra vez.
Você é uma vencedora, uma autêntica campeã que em apenas quatro anos
de vida formou um grande exército em torno de si.
Eu agradeço a você a oportunidade de ter deixado que eu a conhecesse
e eu juro minha pequena que um dia ainda nos encontraremos, isto se
eu tiver o merecimento de também estar perto de Deus.
Até qualquer
dia Mariana!
Ivan Jubert
Guimarães
Direitos reservados ao autor


|